E subitamente olhamos para nosso interior.
Com assombro nós nos descobrimos.
Foi com certeza um exercício árduo.
Em tempos de outrora, imaginamos que a terra árida habitava a paisagem devastada pelo cotidiano e pelo moedor de carne humana.
Em tempos de outrora, uma sensação do vazio que vem de algo que não conseguimos nominar.
Em tempo de outrora, o coração imaginava que não mais iria pulsar de alegria e que os olhos absortos ficariam perdidos na multidão.
Em tempos de outrora, ainda com os olhos marejados, não encontrávamos um sentido na existência.
No entanto, a vontade foi maior que a fuga do cotidiano.
A sanha de olhar mais profundamente, de buscar a resposta para os múltiplos pontos de interrogação existencial nos trouxeram até este ponto da jornada.
E deste olhar, as cortinas da existência foram se abrindo, e a luz que surgiu cegou nossas retinas já cansadas. Esta explosão de cor e de energia que surgiram, renovaram nossas forças, nossa disposição, nossa força interior, nossa forma de ver e conviver com o mundo a nossa volta.
Uma nova manhã cálida e sútil surgiu trazendo a primavera e todas as cores da vida nova.
E assim descobrimos que sempre há um tempo:
Tempo de renovar-se
Tempo de perdoar-se
Tempo de amar-se
Tempo de equilibrar-se
Tempo de sorrir para si
Tempo de se auto amar
Tempo de se encantar.
Tempo de entender, que o tempo sempre será o melhor remédio, que trará o entendimento e a luz que sempre esteve em nós.
Solange Biolcatti – 21/09/20.
Não ando tão otimista com a humanidade, mas sem dúvida a reflexão e esse olhar é mais necessário.
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