A vida é uma grande caminhada
de aprendizados e de crescimento.
Somos impulsionados queiramos
ou não a galgar os desafios que vão se colocando ao longo da estrada.
Logo nos primeiros anos, enfrentaremos
as várias etapas do ato de crescer. Tudo é novo e perturbador, o primeiro passo,
a primeira silaba que aprendemos, depois, o desafio de desvendar o mundo das
palavras que agora precisam ser lidas.
A caminhada avança intrépida e
nos deparamos com os embates da adolescência, outro grande período desafiador que
nos traz um mar de incertezas e inseguranças típicas do período, onde tudo
parece um grande jogo do tudo ou nada.
Passada esta fase, enfrentamos
a idade adulta, agora já com menos inseguranças vindas da adolescência, porém,
com os desafios de nos firmarmos em uma profissão, de sermos reconhecidos na
esfera profissional e pessoal, de fazermos diferença na vida de outras pessoas,
de constituirmos uma família e aí o grande desafio que será a grande incerteza
de estarmos promovendo uma boa educação, de estarmos contribuindo para a
formação da personalidade de nosso filho de forma positiva, criativa e impulsionadora.
As décadas avançam, e nos vemos
adentrando na idade madura, onde grande parte das etapas desafiadoras do
passado foram ultrapassadas e aí surge a grande questão: O que faz sentido em
nossas vidas? Não o que fez sentido, porque já percorremos uma grande parte da
estrada e deixamos para trás os desafios cumpridos, ou pelo menos, fizemos o
nosso melhor para tentar cumprir o que se apresentou para nós.
A grande pergunta desta fase
desafiadora da vida: o que faz sentido em nossas vidas, é porque ainda temos
esta vida para viver, grande parte da estrada foi percorrida, mas ainda temos
planos, talvez, não tenhamos tanto tempo, porém, os planos e o desejo de fazer
a diferença continue.
Aqui, nesta fase, vejo o
grande marco divisor de águas, porque se não optarmos em realmente fazer o que
faça sentido para nós, daqui há alguns anos, podemos acordar com o gosto amargo
do arrependimento de já não ter mais tempo.
Fazer sentido aqui, não quer
dizer uma epifania, muitas vezes, são as coisas mais simples que deixamos de
fazer ao longo da trajetória, que nesta fase pesam para nós e nos incomodam.
Neste momento, também tão
crucial quanto foram os anteriores ao longo do crescimento da vida, é que temos
que contar com a sabedoria que amealhamos, para sabermos distinguir o que faz
sentido e vivenciar mais esta etapa a fim de que esta experiência única que é
viver complete seu ciclo e tenha o sentido traduzido no rosto daqueles a quem
pudermos ter feito felizes.
Solange Biolcatti – 15/02/2019.