Quanto de mim espera e quanto já desistiu,
Quanto de mim esqueceu de buscar e quanto ainda anseia pela volta do espanto,
Quanto de mim olha as estrelas e quanto vê apenas a escuridão de uma noite sem fim,
Quanto de mim se abre ao novo e a descoberta e quanto permanece amedrontada embaixo de camadas de outros ” eus” disfarçando o medo,
Quanto de mim sente a brisa, pulsa pelo belo, cria universos em segundos, espia atenta e com espanto uma nova descoberta desta vida bela e preciosa e quanto de forma automatizada e estática repete os dias, os hábitos, o desconforto, o irremediável.
Sou a manhã de sol e explosão e sou também o dia nublado e enfadonho.
Me descubro, pouco a pouco, despindo as camadas da existência que as nuvens do medo e do cotidiano foram formando sutilmente.
Ao mesmo tempo em que me espanto com várias descobertas, me encanto com este ato mágico de me permitir estar atenta e com a sensibilidade que a vida me proporcionou ao longo da jornada.
Sou grata por estar aqui, por ter tido esta jornada com seus momentos de sol e de dias nublados, mas, que me tornaram a pessoa que sou e a pessoa que busca a sua melhor versão.
Ser a melhor versão, talvez seja, ser um ser a caminho do encontro consigo própria e despida de todas as capas da existência neste encontro com a simplicidade da vida., assim como deve ser.
Solange Biolcatti – 30/10/19
Não sei dizer o quanto de mim olha as estrelas e o quanto olha a noite……procuro estar atenta as estrelas mas confesso que as vezes a escuridão quer dominar….esse combate deve ser a vida em movimento.
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Que lindo Solange.
Me emocionei ao ler .
Tocou me com suavidade, quanta sensibilidade.
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