Subitamente nos percebemos.
Percebemos a imensidão e a perfeição de tudo o que nos cerca.
E nossos olhos se expandem para além do que a própria visão é capaz de captar.
E nossos corações compreendem que recebemos um presente, esta vida.
E que devemos aprender a respeitar e aceitar cada coisa, cada diferença e cada semelhança como uma extensão de nós próprios.
A raça humana, tão complexa e ao mesmo tempo tão visceral.
Em nós encontramos o melhor e o pior de nossa origem.
Encontramos a mão estendida pedindo ajuda,
o olhar perdido de medo, de solidão, de angústia,
a fome,
as violências,
os abandonos,
o vazio insuperável.
Mas a raça humana tem este poder infinito de se refazer, de reconstruir o que foi destruído, de olhar para dentro de si e encontrar a força necessária para seguir adiante sem esmorecer, de quase se curvar as tempestades, porém, de se refazer na manhã seguinte como o arco íris sútil e colorido que estampa o céu nos trazendo esperança.
Então,
para cada mão que pede ajuda há sempre uma mão que ampara,
Para cada ser humano mergulhado no medo e na desesperança,
há sempre alguém disposto a ser a luz no fim do túnel,
Para cada violência sofrida,
há sempre alguém disposto a trazer a tão sonhada paz.
Para cada vazio, há sempre uma força maior que nos impele a olhar para dentro de nós mesmos no encontro com este auto conhecimento.
De saber o que somos, de saber para que estamos aqui e de finalmente perceber, que tudo e todos, dos povos mais distantes até o parente mais próximo, formamos esta raça humana, interligada, interconectada e pronta a ter a empatia necessária para exercitar a compaixão.
07/07/2017